Não peço desculpa
Mas reclamo para mim a verdade
De pensar e escrever no ar e no pensamento
De na minha ausência
Inventar palavras de inocência
Escrever a verdade
Sem cair nesse buraco negro
Da banalidade
De escrever com o sentido
De querer escrever para viver
E não para ser lido
De ser cirurgião das palavras
E operar os meus textos com pinças
E naquilo que seja tolice
Retirar o apêndice
E guloso da poesia
Deixar a palavra ir e o texto fluir
Pretensioso? Não, apenas cioso
Foto: Desisto! Vou-me embora... - Mafásiras (olhares.aeiou.pt)
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