Domingo, 16 de Março de 2008
Uma voz de fora deste mundo de lembrançasConvida-me a não esperar mais por ti
Aqui sozinho amarrado de pés na lama
Preciso das tuas asas de indagações e esperançasPreciso que me leves a voar na tua nuvemQue me apertes fundo as mãos e o coração
E me leves a voar num voo de vertigem
A esse lugar verde e silencioso, entre as colinas da solidão Leva-me onde nenhuma cotovia alguma vez cantou
A esse lugar banhado pela névoa, fresco e delicado
Na tua invasão, e o trovão e o grito (uivado)
E conflito indeterminado – leva-me agora mesmoLeva-me à tua ilha nativa
Ao teu esconderijo de noites de deriva
Sem desculpas ou contingências
Sem ordens ou exigências
Sou teu soldado e tua estiva
Espero a tua nobre guarida
E sair desta guerra surda sem uma ferida
Mas com teu amor entre os meus segredosE viver nesse recanto sozinho contigo
Meus gritos, meus desejos
E meus medos…