Quarta-feira, 30 de Abril de 2008

Não...
Não é verdade que seja só coincidência
Mas tentei e fiz-te poema
Mesmo na tua ausência
Sim...
Não é mentira
Que não escrevo e perco as linhas
E que a minha mão transpira

Escrevo porque não tenho nada para escrever
Nem nada para dizer além do que tenho dito
Escrevo nas nuvens um nome de além-mar
Num poema de amor tamanho do infinito
Escrevo sem comprometimento ou aventura
Sem a vaidade dos tempos vazios
Escrevo nas nuvens um nome de além-mar
Com os olhos no meu norte e sem desvios
Escrevo com os olhos e com os dedos
Descrevo e imagino além-mar um corpo e alma
E a minha tinta é essa lágrima de amor
Que em versos e reversos me desalma
Foto: Derramava-te o Sol - J. PEDRO MARTINS (olhares.aeiou.pt)
Terça-feira, 29 de Abril de 2008

Sei que é difícil de entender
Que o meu é um pensamento diferente
Roça até o delirante?
Mas meus versos são gémeos
Do que a verdade quer dizer
E as minhas construções são em cada momento
O reflexo do meu pensamento
Foto: The fighter - Nuno Ramos (olhares.aeiou.pt)

Para lá de onde se põe o Sol
Nessa morada de paixões
Onde as montanhas púrpuras mentem ao viajante
Onde moram tesouros por desvendar
E flores por desabrochar
Onde até a chuva é cintilante
Para além do ocaso
Espera alguém por ti
Que desespera de esperar
Cabelo sabor de chocolate
Pele cor de areia morena
Vestido transparente escarlate
Onde o amor te condena
Mora onde o mundo é pacífico
Como um paraíso deve ser
Onde a cor da lua te envenena
É para lá do pôr-do-sol
Onde podes viver e morrer
Segunda-feira, 28 de Abril de 2008

E se como por simples magia
Acordasse eu na luz do teu dia
E fizesses das minhas lágrimas de alegria
A água com que lavas a face
Isso seria apenas magia?
Ou é assim só na poesia?

Ímpeto leitura de um corpo e de uma brisa
Onde se encontra o que se perdeu
Escuto a tua respiração no ar que desliza
No filme cómico dos gestos que traço
Irrompe completo e terno teu braço
E no teu olhar fixado no meu
Fica teu nome mais perto do céu
Fica teu rosto mais perto do meu
Ímpeto voz de uma princesa em seu castelo
Defendendo suas ameias ao luar
Escuto sereno os teus gritos aflitos
Escuto na minha voz os teus gritos
Irrompe completa a minha espada
Sangue, suor, suor e lágrima
E no teu rosto a verdade cravada
Quando a minha adaga se aproxima