Sei que é duro o ofício e grande o sacrifício
Não pestanejar quando olho o silêncio à minha volta
Quando oiço o que o canto das árvores diz
“- Não fazes ninguém feliz”
São de água as vértebras e de pedra as lágrimas
Despidos os ramos
Vestidas as lástimas
Sei que é duro o ofício
De nos mantermos à tona de água
Quando o mar nos puxa para baixo
E não podemos levantar a mão e dizer adeus
De termos que assumir o que somos
Em cais de nau naufragada
E somos nada
Um pouco de tudo
E tudo de nada
Foto: escrevo-me(te) - silviafonso (olhares.aeiou.pt)
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