
Vejo que se aprecia um certo ar de inteligência
Mas nada me obriga a ser
Inimigo da minha inocência
E ser pau de obras de feições alheias
Ou mera ideia química ou biológica
A quem aplicam veneno
Aranhas de outras teias
Rendo-me à ciência racional
De que para além da inteligência
Ou aliás habita a inteligência
Um instinto primário, gregário, animal
Ou não fosse uma pessoa normal

Esculpi nesta alma podre e só
Uma corda em forma de nó
Devo ser alguém importante
Porque à brisa de um vento suão
Se desfez o nó e o dó
Foto: Raul Cordeiro (Sé de Braga - Portugal , Agosto 2009)

Miranda do Douro - Portugal (Agosto 2009)
Sé Catedral
Foto Raul Cordeiro