Terça-feira, 14 de Setembro de 2010

MIL TONS (letra de música)

Longe do sítio

Onde me sento e descanso

Perto de um ribeiro manso

Onde rebola o meu versejar

Eu encontrei

Uma pedra de mil tons

Essa pedra tem toques raros

Uns maus e outros bons

Peguei nela devagar

Atirei-a ao céu

Tão longe e tão alto

Como se ele fosse meu


E ela voou e riscou

No céu como um lápis

Um nome nasceu

Com as cores do arco-íris


É raro termos a sorte

De ser cor das cores do céu

De ver de perto

Um pequeno troféu

Erguer-se num mundo incerto

E usar o mesmo olhar

E usar o mesmo respirar

E a mesma pedra de mil tons

Para dar cor ao luar


E ela voou e riscou

No céu como um lápis

Um nome nasceu

Com as cores do arco-íris


publicado por raulcordeiro às 22:13
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Domingo, 12 de Setembro de 2010

Poemas Curtinhos (I)

Aprendi agora

Que só há um Sol neste sistema

Que irradia dos teus olhos

E ofusca a luz deste poema


publicado por raulcordeiro às 21:16
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Sábado, 11 de Setembro de 2010

o desfecho (?)


Que desfecho mais malandro
Que desfecho mais cruel
Sem ar, sem cor
Vestido de escafandro
Sem sabor, sem mel
No meio de um qualquer mar
Fiquei sem ar
Sem sequer respirar
Agora que me lembro
Nem penso sequer em ti
Mas pergunto a mim mesmo
Porque não consigo
Deixar de me lembrar
Que te esqueci

Foto: Raul Cordeiro (olhares.aeiou.pt)

publicado por raulcordeiro às 15:58
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Quarta-feira, 8 de Setembro de 2010

Caem os meus sonhos de maduros


Se eu fosse agora de uma idade menos idade
Fugiria desta cidade
Para uma cidade nova
Onde não caíssem os sonhos de maduros
Nem se escondessem em becos escuros
Rasgaria nela o meu silêncio como prova
Da força da minha mão
E rasgaria ruas e avenidas
E desviaria as árvores e os problemas
Só para descobrir as medidas
Desses sonhos que tenho escondidos
A germinar debaixo do chão
Foto: Raul Cordeiro (olhares.aeiou.pt)

publicado por raulcordeiro às 21:39
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Terça-feira, 7 de Setembro de 2010

Ecossistema

Deixa-me ver e pensar…
Como posso explicar em medida quântica
O meu amar
Em ordem analfabeta
É em profundidade e largura
De dia e de noite
À luz do sol ou ao luar
É em tempo e em altura
De certeza ou em aventura
No suor e na preguiça
É amar do meu ecossistema
Mais ou menos
Como escrever apenas um poema

publicado por raulcordeiro às 14:23
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Segunda-feira, 6 de Setembro de 2010

Se eu voar


Dei-te os melhores anos
Dos anos da minha vida
Mas tu não és de poucas contas
E pedes sempre mais
Para mim dar
É mesmo dar
Sem pensar e sem olhar

Se eu voar
Vais-me agarrar as asas
Se eu voar
Voam comigo os sonhos
Se eu voar
Vais comigo
Atirar ao mar
As flores para me encontrar

Deste-me na palma da mão
Os teus sonhos
E eu guardei o teu beijo no coração
Mas eu não sou de poucas contas
E peço-te um chão
Um abraço, um beijo
E a tua mão

Se eu voar
Vais-me agarrar as asas
Se eu voar
Voam comigo os sonhos
Se eu voar
Vais comigo
Atirar ao mar
As flores para me encontrar
Foto: teorema (Raul Cordeiro)

publicado por raulcordeiro às 21:04
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Domingo, 5 de Setembro de 2010

Não há voz, não há sombra

Estou além, atrás da minha sombra
A cantar o bafo do Sol
Apraz-me o prazer que me assombra
A passo lento de caracol
Neste canto débil não há voz
Há apenas o contrário
O som que ouvimos quando estamos sós
Um silêncio estridente, arbitrário
Há um Sol que não brilha aqui
Nem faz a minha sombra
Uma luz que bate em mim e reflui
Uma luz que bate em mim e tomba

publicado por raulcordeiro às 20:15
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Sábado, 4 de Setembro de 2010

Embaraço

Há uma criatura que se embaraça
Os cabelos na minha poesia
Que a torna mais quente que fria
Uma figura solar de hálito suave
De voz doce e grave
Uma figura solar que flutua
Longínqua como a lua em pleno dia
Há uma figura que se enleia
Nas minhas sílabas
Que as faz tremer de anomalia
Uma figura lunar de voz grave
De voz doce e hálito suave
Uma figura lunar que se deita
Quando o dia ainda espreita
Há uma multidão no meu espaço
Onde me perco e embaraço
E procuro o meu estratagema
E é nesse embaraço
Que este poema
É todo o Sol do espaço

publicado por raulcordeiro às 11:39
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Sexta-feira, 3 de Setembro de 2010

O elogio

Não há terra, nem céu, nem mar
Que escutem os meus pés em cativeiro
Se o tempo cavou ruínas na minha pele
Foi porque ele, o tempo, chegou primeiro
Procuro
Num espelho, a companhia de um sorriso
Sei que é loucura odiar todas as rosas
Sei que é loucura perder o juízo
Mas que façam o elogio do louco
É por agora
Apenas o que preciso
Quero sentir quem sou
Se sou muito ou pouco
Se sou assim
Antes que o tempo
Na sua escavação
Descubra os vestígios
Que não sou louco
Não…

publicado por raulcordeiro às 17:14
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Quinta-feira, 2 de Setembro de 2010

uma dor pequenina, tamanho de mim

Wordle: Untitled


Há uma dor que dorme comigo
Que sonha comigo os meus sonhos
E se baba na minha almofada
Serei sincero e bondoso
E chamar-lhe-ei apenas
A minha dor malfadada



publicado por raulcordeiro às 21:27
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