Terça-feira, 11 de Janeiro de 2011
Poderá algo domar este desejo insondável
De uma mente
Gasta e cansada de hipocrisias
Que contra si atentam?
Desejosa de novos rios
Ávida de desafios
De sorrisos nos lábios e futuros sábios
Será assim tão difícil mudar o mar
E prender as marés?
Quem avança e cala as vozes tristes
E a fúria?
Quem faz abrir o dia
Quem?
Quem quiser que dance
E avance
Quarta-feira, 5 de Janeiro de 2011
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Foto: Raul Cordeiro |
Às vezes há tardes que os meus braços
Não conseguem abraçar
E um grito surdo dos jardins onde passo
Há tardes em que levo a chuva no regaço
E grito sem a espada desembainhar
Enrolo-me sossegado no meu encanto
Respondo a mim próprio
Falo para dentro
E fica mais longínqua a aura do meu canto
Precisamos de rosas, espadas e açoites
Para fazer da tarde manhã
Para fazer de hoje amanhã
Domingo, 2 de Janeiro de 2011
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Foto: Raul Cordeiro
Voltam os poemas ao meu chão De forma fixa e ladrilhada Como uma figura geométrica Que mede os dias De nunca acabar É neles que afago o ego Que olho as estrelas Que me afago e aconchego São só palavras, eu sei Entretenga da alma Mas são eles os meus dias Da minha mente A calma Os esquemas Os meus poemas |