Domingo, 28 de Dezembro de 2008

O FIM DE UM ANO


O fim de um ano
É assim uma coisa esquisita
Porque na verdade não acaba nada
E continua tudo outra vez e outra vez
Muda o dia e a semana
Justifica um trabalho sem fim
Um espaço fútil
Um amor inútil
Uma poesia não tem anos
Apenas passa por eles
Não quer nada de presente
Mas sim de futuro
Escolhe um fruto maduro
Por isso é mais difícil escolher um ano
Do que uma poesia
Porque…
Um ano acaba e outro começa
Poeticamente no outro dia

Foto: Fogo de Artificio - Sara Pinheiro (olhares.aeiou.pt)

publicado por raulcordeiro às 12:43
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4 comentários:
De psikiatrices a 28 de Dezembro de 2008 às 21:56
Raul

Festas felizes e um excelente 2009


De O mar me encanta completamente... a 30 de Dezembro de 2008 às 14:48
Raul, sempre um prazer inigualável te ler.
Quanta força, quanta explosão de sentimentos escorrendo por tuas veias, poeta!!!

Parabens...

Beijos e o desejo de um 2009 cheio de luz e paz, para ti e os teus.

Meu carinho, sempre.

Glória


De An a 30 de Dezembro de 2008 às 20:17
muito interessantes teus textos..desejo-te o melhor para o 2009. beijos e abraços, saúdos e apertas que se diz em minha terra.


De mia a 30 de Dezembro de 2008 às 21:21
Um grande abraço e uma receita que repasso e recomendo.


Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(planta recebe mensagens?

passa telegramas?)


Não precisa

fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados, começando

pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade


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