Compreendo que do outro lado de mimHaja um quarto vazioSem uma gota de memóriaDos lapsos da minha históriaCompreendo que o meu tempo esteja erradoEquivocadoE viva à frente da minha memóriaFico zangado comigo quando não o agarroOu o deixo fugirCompreendo mas cansa-me a inteligência abstractaCompreendo no quarto vazioAs memórias sem dataFoto: Raul Cordeiro - Braga (Portugal), Agosto 2009